Queda nos preços internacionais impulsiona recuo dos preços do arroz no Brasil

egundo o CEPEA, os preços do arroz no Brasil intensificaram o movimento de queda em novembro, com uma desvalorização acumulada de 7,3% até o dia 20. No Rio Grande do Sul, principal estado produtor, o arroz em casca registrou preços de USD 406/ton, ainda 26% superiores aos praticados nos Estados Unidos (USD 321/ton, de acordo com o CME). Essa disparidade pode pressionar as cotações do cereal no mercado interno, conforme análise do relatório Agro Mensal do Itaú BBA.

A safra 2024/2025 segue em bom ritmo, o IRGA informa que a semeadura no Rio Grande do Sul atingiu 84% na segunda semana de novembro, com destaque para a fronteira Oeste, que já alcançou 93% da área prevista. Em Santa Catarina, o plantio também está avançado, com 96% da área já semeada até 17 de novembro. As chuvas favoráveis no Sul contribuem para o bom desenvolvimento da cultura, com o plantio em linha com a média histórica.

Segundo a CONAB, a produção nacional de arroz para a safra 2024/2025 deve atingir 12,0 milhões de toneladas (em casca), 14% superior à safra anterior. Este crescimento é impulsionado tanto pela melhora na produtividade quanto pelo aumento de 10% na área plantada (162 mil hectares), concentrado principalmente no Rio Grande do Sul. Vale destacar que a estimativa de área plantada pela CONAB (988 mil hectares) é superior à do IRGA (948 mil hectares), mas ambas indicam maior oferta e elevação dos estoques.

Em São Paulo, maior mercado consumidor, o preço do arroz agulhinha T1 recuou 2,4% no mês, sendo comercializado a R$ 161/fardo (30 kg). Essa queda nos preços ao consumidor vem ampliando as margens de contribuição da indústria, que subiram para 8% e se aproximam da média histórica de 12%. A expectativa é de que essas margens continuem a melhorar caso os preços pagos aos produtores sigam em declínio.

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