O mercado de trigo enfrenta desafios com vendas escassas e dificuldade em encontrar compradores firmes, segundo informações da TF Agroeconômica. Moinhos no Rio Grande do Sul indicam preços entre R$ 1.220,00 e R$ 1.250,00 por tonelada, posto no moinho, mas a liquidez permanece baixa, especialmente para negociações visando janeiro. Além disso, os fretes no interior estão subindo devido à falta de retornos de Rio Grande, enquanto o preço na pedra em Panambi recuou para R$ 66,00 a saca, representando um prejuízo de 6,69% em relação ao custo de produção variável do produtor.
Em Santa Catarina, o mercado também segue lento, impactado pela fraca demanda por farinhas. Moinhos estão ofertando R$ 1.350,00 CIF por trigo diferido, mas os vendedores resistem em aceitar esse preço. Os valores pagos na pedra variam entre R$ 68,00 a saca em Rio do Sul e R$ 76,00 em Xanxerê, com algumas localidades apresentando altas pontuais, como São Miguel do Oeste, onde o preço subiu para R$ 74,75 a saca.
No Paraná, o trigo paraguaio permanece o mais competitivo, enquanto o argentino se mostra mais barato que o gaúcho. O mercado é marcado por um impasse: vendedores pedem R$ 1.500,00 FOB, mas compradores resistem, com indicações ao redor de R$ 1.450,00 no moinho. Muitos produtores estão colhendo e vendendo, principalmente no Norte do estado, onde os valores variam entre R$ 1.450,00 FOB e R$ 1.500,00 CIF moinho. A expectativa é de que os preços só ganhem força após o fim da colheita. Com a demanda por farinhas em retração e negociações travadas, o mercado de trigo segue desafiador para vendedores e compradores, evidenciando a necessidade de ajustes para alcançar maior liquidez e competitividade.