O mercado de feijão-carioca enfrentou uma baixa movimentação nas negociações, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE). Ontem, foi observado um impasse entre produtores e compradores, especialmente nas regiões do interior de São Paulo, além de Mato Grosso e Bahia. Essa situação está gerando incertezas sobre o fluxo de negócios, dificultando acordos que poderiam beneficiar ambas as partes.
Em relação às negociações e preços, os compradores em São Paulo estão dispostos a pagar entre R$ 280 e R$ 290 por saca de feijão recém-colhido. No entanto, a maioria dos produtores optou por aguardar melhores ofertas, acreditando que podem obter condições mais vantajosas no futuro. O clima também desempenha um papel crucial neste momento, pois há previsão de chuvas que podem impactar a colheita desta semana, o que, por sua vez, pode validar vendas a preços superiores aos atualmente oferecidos.
A situação nos estados de Mato Grosso e Bahia é semelhante, com produtores de feijão nota 8/8,5 mostrando resistência em aceitar as ofertas mais baixas. Esse movimento de cautela reflete uma determinação crescente entre os produtores em não ceder às pressões do mercado.
Em termos de perspectivas para a safra 2025, um cenário inédito está se formando no mercado de feijão brasileiro. Exportadores estão considerando celebrar contratos de produção para diversas variedades, incluindo feijões vermelhos, rajados, mungo-preto e caupi. Esses contratos com preços fixos incentivam a diversificação da produção e oferecem maior segurança para os produtores, que podem contar com um mercado garantido. Além disso, novas cultivares lançadas recentemente prometem aumentar a produtividade e oferecer maior resistência a determinados patógenos, o que pode ser um diferencial importante para os agricultores.
Fonte: Agrolink