A B3 acompanhou a forte alta de Chicago e registrou valorização nos contratos futuros de milho nesta quarta-feira (29), segundo a TF Agroeconômica. O mercado brasileiro segue pressionado pelo atraso no plantio da safrinha e pelos cortes sucessivos na produção argentina. Apesar da queda do dólar, o impacto da moeda sobre os preços foi limitado devido ao foco da demanda no mercado interno.
Os contratos para março de 2025 fecharam em R$ 75,74, com alta de R$ 0,90 no dia, mas queda de R$ 0,32 na semana. O vencimento para maio de 2025 encerrou a R$ 75,56, subindo R$ 0,75 no dia e R$ 0,47 na semana. Já julho de 2025 registrou R$ 71,12, com ganho de R$ 0,25 no dia, mas baixa de R$ 1,08 na semana. Mesmo com o início da colheita da primeira safra, a redução dos estoques ainda sustenta os preços.
No mercado internacional, o milho na CBOT também fechou em alta, impulsionado pelos atrasos na América do Sul e pela atuação dos fundos de investimento. O contrato de março subiu 2,42%, encerrando a US$ 4,97 por bushel, enquanto o vencimento de maio avançou 2,32%, para US$ 5,07 por bushel. A recompra de posições vendidas pelos fundos elevou as cotações no complexo de grãos.
O cenário reforça a influência dos fatores climáticos e financeiros sobre os preços do milho, tanto no Brasil quanto nos mercados globais. A manutenção da demanda interna e as incertezas na produção argentina seguem como fatores-chave para os próximos movimentos.
O mercado de milho é impulsionado pelas constantes revisões para baixo nas previsões de safra na Argentina e pelos atrasos no Brasil. A Conab informou que, até segunda-feira, a colheita da 1ª safra de milho está em 6,3%, abaixo dos 10,4% do ano passado. O plantio da 2ª safra também está atrasado, com apenas 1,4% concluído, comparado a 10,3% em 2024. Além disso, o atraso na colheita da soja reduz a janela ideal para o plantio do milho safrinha.