De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a terça-feira em alta, impulsionado principalmente pelo desempenho do óleo de soja. O contrato de janeiro, referência para a safra brasileira, subiu 0,66%, ou 6,50 cents/bushel, fechando em $ 991,75. Já o contrato de março registrou alta de 0,63%, ou 6,25 cents/bushel, atingindo $ 997,25. No mercado de derivados, o farelo de soja para janeiro subiu 0,87%, ou $ 2,5 por tonelada curta, para $ 290,4, enquanto o óleo de soja para janeiro avançou 1,74%, ou $ 0,72/libra-peso, fechando em $ 42,14.
A alta foi atribuída ao forte desempenho do óleo de soja, com suporte em dados positivos divulgados pelo USDA. Em outubro, o esmagamento de soja alcançou 5,87 milhões de toneladas, superando as expectativas do mercado. Além disso, os estoques de óleo de soja ficaram abaixo tanto do mês anterior quanto das projeções, indicando aquecimento da demanda internacional. Esses fatores consolidaram o otimismo dos investidores no mercado internacional.
Por outro lado, o avanço no plantio da safra brasileira limitou ganhos mais expressivos. Segundo a Conab, 90% da área planejada para a safra 2024/2025 já foi semeada, contra 83,3% na semana anterior e 83,1% no mesmo período do ano passado. Todos os estados produtores apresentam progresso superior ao de 2023, alimentando expectativas positivas sobre a produção nacional. Com isso, diversos analistas revisam para cima suas projeções para a safra brasileira.
As perspectivas para o mercado permanecem cautelosas, uma vez que o USDA e a Conab divulgarão suas revisões mensais de oferta e demanda na próxima semana. Essas atualizações deverão incorporar o impacto do avanço acelerado no plantio no Brasil e poderão influenciar o comportamento dos preços no curto prazo.