Segundo análise da TF Agroeconômica, o mercado de trigo no sul do Brasil segue com dinâmica lenta devido à demanda fraca e à dificuldade de negociações para entregas imediatas. No Rio Grande do Sul, não há mais compras para moinhos em dezembro, e para janeiro as transações permanecem escassas, empurrando os vendedores para o mercado de exportação. Moinhos indicam preços entre R$ 1.230,00 e R$ 1.250,00 para retiradas em fevereiro, enquanto esperam a volta de compradores de fora do estado no início do ano para dar mais dinamismo ao mercado.
Em Santa Catarina, a situação também é marcada pela lentidão, reflexo de uma demanda enfraquecida por farinhas. Apesar de os moinhos indicarem R$ 1.350,00 CIF para trigo diferido, os vendedores mantêm preços mais elevados, resultando em vendas reduzidas. Ambos os lados concordam que o mercado deve se valorizar, mas, por enquanto, os moinhos enfrentam dificuldade em repassar os custos da matéria-prima para os preços das farinhas, travando ainda mais as negociações.
No Paraná, os preços recuaram ligeiramente, mas o custo de produção também caiu, permitindo uma margem de lucro ainda favorável, estimada em 3,66%. As indicações de preços pelos moinhos variam entre R$ 1.350,00 e R$ 1.400,00, dependendo da região. No entanto, o volume negociado é baixo, com vendedores retraídos. A atenção dos moinhos está voltada para negociações em janeiro e fevereiro, mantendo o mercado em compasso de espera.
Esses cenários indicam que o mercado de trigo no sul do Brasil segue pressionado pela oferta limitada e pela demanda enfraquecida, enquanto compradores e vendedores ajustam suas estratégias para os primeiros meses de 2024.