De acordo com Antonio Prado G. B. Neto, CEO da Pirecal Calcário, e dados apresentados pela Biond, o mercado de fertilizantes apresenta desafios significativos influenciados por fatores globais. Os preços do MAP (fosfato monoamônico) mantêm-se estáveis nos últimos seis meses, situando-se em US$ 635 por tonelada, mas continuam pressionados pela alta demanda de ácido fosfórico, elemento essencial na fabricação de baterias elétricas. A China, principal produtora global desse componente, tem impactado os preços, resultando em uma relação de troca 12 sacas de soja por tonelada acima da média dos últimos cinco anos.
Já o cloreto de potássio (KCl) registrou leve queda, refletindo o aumento na produção em países exportadores e a redução de restrições logísticas. Este movimento estimulou os produtores a anteciparem compras para a safra 2025/26. Atualmente, o KCl apresenta preços abaixo da média dos últimos cinco anos, motivando maior volume de negociações.
No caso do milho, a relação de troca da ureia está 4 sacas por tonelada acima da média de cinco anos, enquanto o fosfatado permanece como o principal gargalo, dada sua relevância estratégica e preço elevado. A ureia, impulsionada pela demanda energética e custos elevados de gás natural, mostra-se como uma variável crucial para o planejamento dos produtores. Essas dinâmicas reforçam a necessidade de planejamento estratégico nas compras de insumos agrícolas, uma vez que as oscilações nos preços e relações de troca impactam diretamente a competitividade e os custos de produção. As informações foram divulgadas em seu perfil na rede social LinkedIn.