Pressão do mercado derruba a soja em Chicago

De acordo com informações da TF Agroeconômica, os contratos futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em baixa nesta segunda-feira (27). O contrato para março, referência para a safra brasileira, recuou 1,02%, ou 10,75 cents/bushel, encerrando a sessão a $1045,00. Já o contrato de maio registrou queda de 0,91%, ou 9,75 cents/bushel, cotado a $1058,50. O farelo de soja para março também caiu 1,34%, fechando a $300,8 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja para março teve baixa de 0,49%, encerrando a $45,00 por libra-peso.

A desvalorização da soja ocorreu em meio à pressão do mercado de ações, que acumulou grandes perdas, impulsionando a realização de lucros para reduzir riscos e cobrir saldos negativos. Além disso, as inspeções de exportação de soja nos Estados Unidos caíram 25,5% na comparação semanal, com apenas 729.362 toneladas embarcadas, um volume inferior ao esperado pelo mercado.

Outro fator que contribuiu para o cenário foi a redução de tarifas na Argentina, maior exportador global de subprodutos da oleaginosa, o que acirra a concorrência em um momento de incerteza na política comercial americana. No Brasil, mesmo com revisões para baixo, as estimativas para a safra de soja permanecem robustas, acima de 170 milhões de toneladas, oferecendo segurança de abastecimento aos compradores.

A queda nas ações de tecnologia em Wall Street pressionou os mercados de commodities, incluindo a soja, já que muitos investidores precisaram vender posições nesses ativos para cobrir perdas no mercado financeiro, gerando um movimento baixista. Além disso, a redução temporária das tarifas de exportação na Argentina, que entrou em vigor nesta segunda-feira e se estenderá até 30 de junho, deve estimular a liquidação dos estoques pelos produtores e acelerar as exportações de grãos e derivados, aumentando a oferta no mercado internacional e intensificando a pressão sobre os preços.

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