Mercado de arroz em queda

O Itaú BBA aponta que o início de 2025 teve baixa movimentação no mercado de arroz no Brasil, com leve queda de 0,2% nos preços ao produtor e de 1,8% no atacado. O arroz em casca fechou janeiro a R$ 99,65/sc no RS, enquanto o arroz agulhinha T1 foi comercializado a R$ 166,81/fardo em SP.

“Ainda que positiva no geral, há preocupações pontuais: o calor excessivo em alguns municípios da Fronteira Oeste pode gerar estresse na planta e a escassez de chuvas na região Central, a mais afetada pelas enchentes em 2024, tem dificultado a irrigação das áreas”, comenta.

Apesar da desvalorização, a indústria manteve margem de 23%, superior à média de 12% dos últimos cinco anos. No mercado internacional, a Índia retomou exportações, elevando estoques. A produção no Mercosul deve crescer 11,4% (USDA), aumentando a concorrência.

“As projeções de maior disponibilidade global, de aumento da concorrência do Mercosul nas exportações e o início da colheita da safra brasileira 2024/25, tendem a convergir para um cenário de mercado mais baixista a partir de fevereiro, podendo sofrer maiores pressões no
pico de colheita. Esse cenário exige gestão estratégica dos produtores de arroz, que podem ter suas margens pressionadas”, completa.

A retirada das retenciones na Argentina pode fortalecer suas exportações, pressionando o arroz brasileiro. Em Chicago, os preços atingiram US$ 305/t, menor nível desde 2021, com queda de 1,3% em relação a dezembro. O cenário segue desafiador para o Brasil.

“O maior volume de arroz já se reflete nos preços globais. Os preços na bolsa de Chicago apresentaram queda e registraram a menor média mensal desde dezembro/21, com o cereal comercializado a US$ 305/t no fechamento de janeiro, redução de 1,3% em relação a dezembro”, conclui.

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