O acumulado de chuvas dos últimos 7 dias, na região de Itapeva/Itaí, no estado de São Paulo, variou entre 200 e 250 mm, um volume excessivo para a fase de maturação do Feijão. Essa quantidade de precipitação, concentrada em um curto período, causou danos significativos à produção, comprometendo a qualidade e o rendimento da safra.
O engenheiro agrônomo e produtor Paulo Zamarioli acredita que 80% dos Feijões já estavam na fase de amadurecimento, e todos foram afetados pelas chuvas torrenciais. Os grãos, expostos à umidade excessiva, sofreram danos que vão desde o aparecimento de manchas até a germinação precoce nas vagens, depreciando o produto final. A incidência de doenças fúngicas também é uma grande preocupação, decorrente desse cenário, podendo agravar ainda mais as perdas.
Perdas totais ocorrerão em poucas áreas, mas prejuízos entre 20% e 30% de produtividade são gerais. Em algumas lavouras, a situação é ainda mais crítica, com perdas superiores a 50%, dependendo da cultivar e do estágio de desenvolvimento das plantas. Esse impacto negativo afetará diretamente a oferta e o preço do Feijão no mercado.