Mercado cafeeiro segue incerto e volátil na manhã desta 3ª feira (05)

Os preços do café trabalhavam com ganhos moderados nas bolsas internacionais na manhã desta terça-feira (05).

Segundo o analista de mercado do Rabobank, Guilherme Morya, a confirmação da tarifa de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, incluindo o café, adicionou um novo fator de volatilidade aos preços. No curto prazo, é esperado um aumento na oscilação dos valores, impulsionado pela busca por cafés de outras origens e pela tentativa de antecipar embarques antes da vigência da nova tarifa.

O avanço da colheita brasileira da safra/25 também pressiona os futuros.Levantamento da Safras & Mercado, a colheita de café no Brasil segue em bom ritmo, e atingiu 90% da safra 2025/26 até o dia 30 de julho.  A colheita do café canéfora (conilon/robusta) está praticamente encerrada, com 98% da safra colhida, e do arábica a colheita atingiu 85% da produção estimada. 

De acordo com o analista de mercado da Archer Consulting, Marcelo Moreira, informações de muitos produtores e alguns agrônomos confirmam a quebra na safra do café arábica, com muitas áreas estimando perdas entre 10/30%. Assim que a confirmação da quebra atingir os fundos+algoritimos, os preços em NY poderão ter um repique, podendo assim voltar ao patamar dos 350-400 centavos de dólar por libra-peso.

Perto das 9h20 (horário de Brasília), o arábica registrava alta de 650 pontos no valor de 295,05 cents/lbp no vencimento de setembro/25, um ganho de 550 pontos negociado por 287,15 cents/lbp no de dezembro/25, e um aumento de 470 pontos no valor de 279,80 cents/lbp no de março/26.

O robusta trabalhava com alta de US$ 4 cotado por US$ 3,425/tonelada no contrato de setembro/25, um avanço de US$ 1 no valor de US$ 3,339/tonelada no de novembro/25, e uma queda de US$ 6 no valor de US$ 3,281/tonelada no de janeiro/26. 

Chamar no Whatsapp