O valor da saca de arroz caiu para R$ 58, menor patamar desde a pandemia, abaixo do custo de produção. A crise é causada pela superoferta da safra 2024/25 no Mercosul, somada à redução do consumo interno e à isenção do imposto de importação, o que pressiona ainda mais a competitividade.
Segundo lideranças do setor (SindArroz-SC, Cooperja, OCESC e Coopersulca), o preço ideal seria de R$ 80 a R$ 85 por saca. Com custos elevados e baixa remuneração, produtores e indústrias enfrentam risco de prejuízo, queda na qualidade do grão e diminuição da área plantada nas próximas safras.
As medidas do Governo Federal, como os leilões de Contrato de Opção de Venda, são vistas como insuficientes. O setor pede compra de estoques reguladores em maior escala e políticas de exportação favoráveis.
Para tentar conter a crise, foi lançada a campanha “Arroz Combina”, incentivando o consumo do grão no mercado interno. Porém, a expectativa para 2025/26 é de retração na produção (5% a 8%) e possível substituição da cultura, o que pode afetar emprego, renda e a qualidade do arroz catarinense.