Conforme informações da TF Agroeconômica, entender o comportamento cíclico dos preços do milho é essencial para os agricultores evitarem perdas financeiras significativas. A tendência normal do mercado, ilustrada em formato de “V”, mostra que os preços geralmente são mais altos durante o pré-plantio e o plantio, caem na colheita devido ao excesso de oferta e voltam a subir na entressafra à medida que os estoques se reduzem. Assim, esperar por preços mais altos sem um planejamento adequado pode transformar lucros em prejuízos históricos, especialmente em momentos de baixa durante a colheita.
Para lidar com essa realidade, a TF Agroeconômica sugere estratégias que envolvem o mercado futuro. Uma das opções é fixar o preço na Bolsa, sem comprometer a entrega física. Caso o agricultor enfrente problemas climáticos, como uma seca, ele pode encerrar a posição na Bolsa sem prejuízo financeiro grave. Outra estratégia recomendada é vender o milho físico na colheita e reinvestir parte desse valor em contratos futuros, aproveitando a recuperação de preços na entressafra.
O atual cenário do mercado também indica uma repetição do “V” observado anteriormente. A produção da safrinha 2025 foi revisada pela Conab para 94,26 milhões de toneladas, um aumento de 4,8%. Isso é considerado baixista para os preços devido ao aumento da oferta, reforçando a importância de utilizar ferramentas de hedge para proteção financeira e otimização de lucros.
“A recomendação, portanto, é a de você, ao invés de vender físico para “aproveitar os bons preços”, fixar preço no mercado futuro. Desta forma, se não colher, não precisará entregar e ainda ganhará algum dinheiro sobre as sacas não colhidas, ao recomprar o contrato na B3, lá na frente, quando os preços caírem e evitará todos os problemas judiciais e financeiros que teria se vendesse no físico”, conclui.