Segundo a TF Agroeconômica, o mercado de trigo no sul do Brasil apresenta estabilidade nos preços, com a colheita avançando em várias regiões. No Rio Grande do Sul, a safra está perto de ser finalizada em muitas áreas, mantendo os preços em R$ 1.250,00 no norte, R$ 1.220,00 no Planalto, e R$ 1.200,00 na região Celeiro.
As exportações não foram muito movimentadas, apesar da alta do dólar, com preços indicados a R$ 1.300,00 no porto para janeiro, enquanto o mercado interno apresenta valores entre R$ 1.200,00 e R$ 1.220,00. As indústrias locais ainda tentam comprar trigo de ração por R$ 1.100,00 CIF dentro do estado e R$ 1.200,00 em Santa Catarina, embora os preços de exportação estejam mais competitivos.
Em Santa Catarina, a colheita se intensifica com estimativa de 433 mil toneladas para esta safra. No mercado, os primeiros lotes colhidos estão sendo oferecidos aos moinhos entre R$ 85,00 e R$ 90,00 por saca. Os preços pagos aos triticultores variam na faixa de R$ 69,50 a R$ 78,00 por saca, dependendo da localidade, com Canoinhas alcançando R$ 74,00 e Xanxerê subindo para R$ 78,00.
No estado do Paraná, o DERAL-PR relatou que a produção de trigo deve atingir 2,3 milhões de toneladas, uma queda significativa de 36% em comparação com a safra de 2023. Restam apenas 2% da área de trigo para serem colhidos, totalizando cerca de 25 mil hectares. Apesar de rendimentos mais próximos da média nesta última semana, o avanço da colheita foi de apenas 3%, e dificilmente esses resultados alterarão o cenário geral de perdas expressivas em relação ao ano anterior.
