Os preços do café trabalhavam em lados opostos nas bolsas internacionais na manhã desta quinta-feira (26), com o robusta avançando nos futuros mais próximos, após vários dias registrando fortes quedas em Londres.
Segundo boletim do Escritório Carvalhaes, os fundamentos permanecem os mesmos: estoques historicamente baixos, tanto nos países produtores como nos países consumidores, clima irregular e equilíbrio precário entre produção e consumo global. "No entanto, o frio assustou, por ter abrangido extensas áreas produtoras de café em três estados. Faltou muito pouco para essa onda de frio provocar danos sérios em nosso potencial produtivo para 2026. O inverno brasileiro começou na última sexta-feira e teremos pela frente três meses preocupantes. Será preciso aguardar alguns dias para termos uma avaliação melhor sobre possíveis perdas na capacidade de produção das regiões varridas pela primeira onda de frio deste inverno", completou o documento.
A colheita nas principais regiões cafeeiras do Brasil segue avançando. Dados apontam que no sul de Minas Gerais os trabalhos já atingiram 30% da área prevista e no sudoeste de Minas já chegaram em 50%. Relatório da Pine Agronegócios destaca que para o conilon/robusta a colheita brasileira alcançou 45%.
Perto das 9h (horário de Brasília), o arábica trabalhava com baixa de 670 pontos no valor de 308,65 cents/lbp no vencimento de julho/25, um aumento de 5 pontos negociado por 304,55 cents/lbp no de setembro/25, e uma perda de 35 pontos no valor de 398,45 cents/lbp no de dezembro/25.
O robusta registrava alta de US$ 62 cotado por US$ 3,674/tonelada no contrato de julho/25, um aumento de US$ 60 no valor de US$ 3,584/tonelada no de setembro/25, e um ganho de US$ 63 negociado por US$ 3,537/tonelada no de novembro/25.
Previsão do Climatempo destaca que a massa de ar seco e frio que predomina sobre o centro-sul do Brasil vai se deslocar rapidamente para o oceano, e o frio vai perder intensidade nas próximas madrugadas. Já a partir da madrugada desta quinta-feira o frio diminui e não há risco para formar geadas em áreas cafeeiras, e com o tempo mais firme no restante da semana sobre a maior parte das áreas de café, a colheita deve avançar mais.
