De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de trigo no sul do Brasil continua mostrando lentidão, com negócios e preços que variam conforme a região e as condições de negociação. No Rio Grande do Sul, as transações com moinhos seguem em ritmo moroso, focadas em completar carregamentos de acordos futuros.
Os preços permanecem em R$ 1.250,00 no extremo norte próximo a Santa Catarina, R$ 1.220,00 no Planalto e R$ 1.200,00 na região Celeiro. Apesar da valorização do dólar, não houve movimentação significativa para exportação de trigo de moagem no porto, onde os preços foram indicados a R$ 1.330,00 para embarques no final de janeiro. No entanto, o preço para exportação de trigo feed foi estabelecido em R$ 1.240,00 para embarque em dezembro e pagamento em janeiro, com alguns negócios reportados.
Em Santa Catarina, os primeiros lotes colhidos foram oferecidos aos moinhos com valores variando entre R$ 85,00 e R$ 90,00 por saca, equivalentes a R$ 1.416,95/t e R$ 1.500/t CIF, respectivamente. Os preços pagos diretamente aos produtores também oscilaram: subiram para R$ 74,00 por saca em Canoinhas e R$ 78,00 em Xanxerê, enquanto recuaram para R$ 72,00 em Chapecó e R$ 69,50 em Joaçaba, mantendo-se estáveis em R$ 70,00 em Rio do Sul e R$ 74,00 em São Miguel do Oeste.
No Paraná, o cenário é semelhante, com moinhos do Centro-Sul indicando preços de R$ 1.300,00 para compradores bem abastecidos e R$ 1.450,00 para outros que ainda possuem espaço para compra. A oferta dos vendedores se mantém em torno de R$ 1.500,00 para trigo tipo 1, FOB. A semana foi marcada por pouca atividade no mercado nacional de trigo, com compradores evitando novas aquisições enquanto aguardam uma possível necessidade de venda dos produtores devido à safra em andamento. Muitos vendedores preferem esperar por preços melhores, contribuindo para a estabilidade e a lentidão do mercado na região.