Os preços do café trabalhavam com ganhos moderados nas bolsas internacionais na manhã desta quarta-feira (11). Mercado segue volátil, e pressionado pela colheita da safra brasileira 2025.
Segundo levantamento do Cepea, as chuvas e as temperaturas mais baixas em praticamente todas as regiões produtoras de café arábica no Brasil reduziram o ritmo
de colheita da safra 2025/26 nos últimos dias. As precipitações limitam as atividades no campo e o clima frio desacelera a maturação do fruto. "Nestes primeiros dias de junho, a colheita de café no Sul de Minas Gerais se aproximava dos 20% da produção esperada. No Noroeste do Paraná, as atividades somavam entre 25% e 30%; e, na Alta Mogiana Paulista e no Cerrado Mineiro, totalizam de 7% a 10%", aponta ainda o levantamento.
De acordo com boletim do Escritório Carvalhaes, os primeiros números das duas colheitas vão confirmando as previsões de agrônomos e cafeicultores: uma safra maior para o conilon, quando comparada à de 2024, e a de arábica menor que a safra atual. Mas, ainda é cedo para conclusões mais seguras.
Nesta terça-feira (10), o Cecafé divulgou que o Brasil embarcou 2,963 milhões de sacas de 60 kg de café em maio deste ano, volume que implica queda de 33,3% em relação aos 4,446 milhões registrados no mesmo mês de 2024. O recuo reflete entressafra do café arábica e menor competitividade atual do conilon e do robusta ante origens como Vietnã e Indonésia.
Perto das 9h (horário de Brasília), o arábica trabalhava com ganho de 30 pontos no valor de 355,35 cents/lbp no vencimento de julho/25, um aumento de 20 pontos negociado por 353,25 cents/lbp no de setembro/25, e estável e cotado por 347,55 cents/lbp no de dezembro/25.
O robusta registrava alta de US$ 51 no valor de US$ 4,460/tonelada no contrato de julho/25, um ganho de US$ 45 no valor de US$ 4,362/tonelada no de setembro/25, e um avanço de US$ 40 no valor de US$ 4,293/tonelada no de novembro/25.
Previsão da Climatempo alerta que a partir do final de semana uma nova frente fria vai avançar pelo Sul do Brasil, e até o início da próxima semana deve voltar a espalhar algumas pancadas de chuva sobre áreas entre Paraná e São Paulo. No entanto desta vez os instabilidades não devem adentrar tanto pelo interior da região Sudeste.