Feijão Preto
Histórico
O feijão por ser o alimento protéico básico da alimentação do brasileiro, com consumo de 16kg in natura/hab./ano, caracteriza o Brasil como o maior produtor e consumidor de Phaseolus vulgaris L. do mundo.
O brasileiro é regionalmente exigente quanto à cor e o tipo de grão, além da qualidade culinária, consumindo atualmente 17% de tipo de grão preto, 79% de grão carioca e 4% de outros tipos de grãos.
O feijão é semeado e colhido durante todo o ano, em três safras: "das águas" - representa 57% da produção e "da seca" que corresponde a 37% da safra. Estas qualidades estão presentes em todos os estados da federação. A terceira safra que é conhecida como "de inverno", que representa 6% da produção, concentrada nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, proporcionando constante oferta do produto. Esta oferta, contudo, apresenta oscilações causadas pelas alterações de preços no mercado, refletidas em variações na área de plantio subseqüente.
Mesmo para plantios de terceira época têm apresentados problemas constantes. Esses problemas estão, enfatiza ele, muitas vezes relacionado ao manejo, como excesso ou falta de fertilização (especialmente adubação nitrogenada), aliados a excesso ou deficiência de irrigação, que somados a outros problemas às vezes inviabilizam o empreendimento.
A busca de novas tecnologias é necessária, de modo a se aumentar os rendimentos da primeira e segunda época sem deixar que caia o rendimento da terceira época.
INFORMAÇÕES COMERCIAIS
Produção, comercialização e exportação: O mercado de feijão se caracteriza por notável volatilidade de preços. Mesmo com as mudanças ocorridas na sua estrutura de produção (com impacto direto na produtividade da cultura), a oferta é extremamente sujeita a variações, determinadas principalmente pelas condições climáticas.
Outro aspecto importante é a dificuldade de estocagem do produto, por ser muito suscetível ao envelhecimento rápido (mudança na coloração), sobretudo dos cultivares do grupo “carioca” de maior produção e consumo nacional, o que deprecia o seu valor comercial.
Tradicionalmente a formação do preço do feijão cores (carioca), ocorre em São Paulo, para onde ainda converge uma boa parte do excedente da produção de outros estados, por ser um grande consumidor e parque processador (empacotador), fornecedor das grandes redes de supermercados do país.
Pelo fato do mercado apresentar algumas particularidades de consumo, outros centros de comercialização também ganham importância na formação do preço do produto, como é o caso do Rio de Janeiro, considerado um dos principais centros de consumo do feijão preto.
Com relação à formação do preço do feijão Caupi (macassar), de maior consumo na região Nordeste, tem-se como referência às praças de Teresina (PI), Fortaleza (CE) e Recife (PE). Destaca-se nestes últimos anos o Estado do PA (região de Tracuateua), como um dos principais pólos de produção desta variedade. No entanto, os preços se formam basicamente pela necessidade de consumo da região Nordeste.TendênciasEmbora as estatísticas demonstrem que a produção de feijão no Brasil é dominada pelos pequenos produtores, há uma tendência de crescimento na participação dos médios e grandes produtores, especialmente na região dos cerrados (áreas irrigadas), aonde a cultura vem apresentando grandes avanços tecnológicos com a ajuda da pesquisa.
A introdução de novas variedades e o perfil destes produtores permite visualizar no médio prazo, importantes mudanças na estrutura de comercialização.
Além de construir os novos caminhos no mercado mundial, produzindo variedades de maior aceitação, um dos grandes desafios está nas relações voltadas para o mercado doméstico, principalmente quando o cenário aponta algumas mudanças no comportamento do consumo.
É notório que feijão vem perdendo espaço na mesa dos brasileiros nos grandes centros urbanos, notadamente na classe “C” (todos tem de trabalhar para garantir o sustento), enquanto outros seguimentos, estão se fortalecendo com é o caso das cozinhas industrias (refeições fora do domicílio) e empresas de cestas básicas. Este novo mercado que se abre, das cozinhas industriais e dos consumidores institucionais, demandarão, cada vez mais, suprimentos de produto tanto no que se refere à qualidade quanto no que se refere a volumes.
O setor produtivo, neste novo panorama que se cria deverá, de forma consistente, se preparar para esta nova forma de se relacionar esta nova modalidade. Uma saída para este quadro, para o qual os produtores deverão estar preparados, é o estreitamento das relações comerciais junto a estes “consumidores”, consistindo na utilização de ferramentas de negociação, hoje em dia já comuns em outras commodities, através dos Contratos de Fornecimento.
Estes contratos prevêm a negociação do produto, com preço pré-fixado entre as partes, permitindo, desta forma, melhor programação da produção e necessidades de compra. Acredita-se que com este modelo de negócio, tanto os produtores quanto os consumidores estarão dando um passo importante no rompimento da forma antiga de mercantilização do feijão melhor programação da produção e necessidades de compra.
Como comprar Feijão Preto na Bolsa de Mercadorias
A Corretora Mercado está apta a oferecer a seus clientes todas as informações necessárias na comercialização de feijão na Bolsa de Mercadorias do Rio Grande do Sul. Primeiramente, o comprador deverá cadastrar-se junto à Corretora Mercado.
Tão logo a Companhia Nacional de Abastecimento ou o Banco do Brasil divulgar o Edital de venda, o comprador poderá procurar a Corretora Mercado para emitir ordem de Compra, que será cumprida em sessão de pregão na Sala de Negociação da Bolsa Brasileira de Mercadorias em dia e horário estabelecido pelo Edital.
Cotações Atuais
Produto | Valor | Variação | |
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Cotações FOB | |||
Arroz beneficiado | R$ 230,00/Sc. | -0,86% | |
Arroz em casca | R$ 110,00/Sc. | -3,51% | |
Café | R$ 1.460,00/Sc. | 2,82% | |
Canjicão de Arroz | R$ 148,00/Sc. | -1,33% | |
Farelo de Arroz | R$ 780,00/Ton. | 2,63% | |
Farelo de Soja | R$ 1.900,00/Ton. | 11,76% | |
Farelo de Trigo | R$ 950,00/Ton. | 0,00% | |
Feijão Preto | R$ 300,00/Sc. | -3,23% | |
Milho | R$ 75,00/Sc. | 1,35% | |
Quirera de Arroz | R$ 107,00/Sc. | 2,88% | |
Soja | R$ 135,00/Sc. | -1,10% | |
Sorgo | R$ 54,00/Sc. | -8,47% | |
Trigo | R$ 1.210,00/Ton. | 0,00% | |
Cotações CIF | |||
Farelo de Arroz | 850,00/Ton. | 0,00% | |
Soja | 143,00/Sc. | -1,38% |
*ICMS Excluso | À Vista | Preços no RS
Soja CIF corresponde a produto posto no porto de Rio Grande –
RS
Soja FOB corresponde a produto na cidade de Passo Fundo -
RS
Valores expressos em R$ (Reais)
Todas as cotações são FOB no RS, salvo se expressamentes sinalizadas CIF