No Dia Mundial do Café, Brasil reforça protagonismo na produção sustentável e transparência na cadeia do grão

Celebrado em 14 de abril, o Dia Mundial do Café homenageia uma das bebidas mais consumidas do planeta, movimentando bilhões de dólares por ano. O Brasil, como maior produtor e exportador global, tem mais do que motivos para comemorar a data. Em meio às mudanças no comércio internacional, o país se destaca por investir em rastreabilidade e critérios ESG (ambientais, sociais e de governança) como pilares estratégicos da cafeicultura nacional.

A capacidade de rastrear o grão, do cultivo até os portos, não apenas agrega valor ao café brasileiro, como também fortalece sua imagem frente aos compradores mais exigentes. Esse esforço já rende frutos: de acordo com um estudo da Serasa Experian, 95,6% dos cafeicultores brasileiros seguem práticas sustentáveis reconhecidas internacionalmente, reforçando o compromisso com a produção ética e responsável.

Segundo dados divulgados pela Serasa Experian, a ferramenta de análise de risco utilizada pela empresa já avalia cerca de 75% de toda a produção de café do país. Mesmo com o aumento da tarifa de exportação para os Estados Unidos, que passou de 9% para 19% em 2025, o Brasil continua competitivo. Em 2024, foram exportados US$ 2,1 bilhões em café para o mercado americano, representando 32% das importações totais dos EUA, conforme dados do Ministério da Agricultura. A safra 2025/26 deve alcançar 51 milhões de sacas, conforme estimativa da Conab.

Para pequenos e médios produtores, essa reputação ESG se torna essencial para garantir acesso a crédito em condições mais vantajosas. “As instituições financeiras avaliam não só a saúde econômica, mas também o compromisso socioambiental. Isso vem sendo decisivo para viabilizar investimentos no campo”, destaca Marcelo Pimenta, head de agronegócio da Serasa Experian.

A rastreabilidade da cadeia produtiva, que inclui desde fornecedores diretos até armazéns e cooperativas, é uma das ferramentas que sustentam essa evolução. A plataforma “Cafés do Brasil”, desenvolvida em parceria com o Cecafé, permite verificar a procedência dos grãos em tempo real, utilizando dados de fontes públicas e oficiais. Esse sistema tem ajudado o Brasil a manter sua posição como referência mundial em qualidade, sustentabilidade e transparência na produção de café.

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