Armazenagem estratégica mantém feijão firme

Apesar da recorrente percepção de queda no consumo durante períodos de safra elevada ou colheita concentrada, o mercado brasileiro de feijão continua ativo. Segundo o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe), a demanda segue dentro da realidade atual, impulsionada principalmente pelos preços atrativos nas gôndolas do varejo.

O Ibrafe destaca que uma campanha nacional para estimular o consumo — já em articulação com apoio parlamentar e entidades do setor — poderá ampliar ainda mais a demanda no médio prazo. Enquanto isso, os negócios continuam ocorrendo em diferentes regiões, como no Vale do Araguaia (GO), onde houve vendas pontuais a R\$ 190,00/saca. No entanto, muitos produtores optam por armazenar o produto abaixo de R\$ 220,00/saca, evitando uma possível queda brusca nos preços.

Essa prática de armazenagem é apontada como uma lição aprendida com países como os Estados Unidos, onde toda a safra é colhida em um único mês, mas o consumo se mantém estável durante o ano graças à gestão de estoques. Caso o mercado brasileiro despejasse todo o volume colhido de uma só vez, os preços poderiam cair para menos de R\$ 100,00/saca, alerta o Instituto.

A consolidação de uma mentalidade mais estratégica é essencial: armazenar com qualidade, vender no momento certo e trabalhar coletivamente para incentivar o consumo interno, expandir as exportações e garantir rentabilidade ao produtor. Segundo o Ibrafe, o Clube Premier seguirá acompanhando essas movimentações, contribuindo com análises e orientações para os protagonistas do setor. As informações são do encerramento da semana.

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